domingo, 31 de outubro de 2010

Mar de sargaços



Uma flor furta cor
nasceu no meu jardim,
um verme rasteja entre as pedras
cheirando à jasmin.
Sob o guarda-sol
um senhora honrada 
serve coquitéis molotov.
Crianças amputadas
remexem o meu lixo
Uma abelha faz um zumbido
nos meus ouvidos.
O sol abrasante deixa 
tudo vago e difuso.
Roubo teus pecados
e não consigo teu perdão.
Um trato mal oficializado.
Um caminho mal trilhado.
O cigarro já apagado,
o copo vázio.
A cama vázia.
O café frio ainda te espera.
O dia quente entra pela janela,
a vida que segue mole e sonsa.

Nenhum comentário:

Postar um comentário