Tenho sentido uma falta de gostos novos na boca. Sabe, de descobrir um bar nunca visitado antes na cidade, onde descobrimos que podemos apreciar uma cerveja gelada ouvindo aquele som formidável.
Ou então de conhecer aquela pessoa que parece ser diferentes de todas as outras. Fazer assim nascer no peito a promessa de um novo amor, ainda que não se realize. Descobrir os mistérios daquela "outra vida" que entrecruzou com a "minha vida". Lábios mordidos à espera da resposta. Você deve saber do que estou falando. Cinzeiros cheios, copos vazios, corpos sedentos. Tateando vagarosa e calculadamente o território alheio. Ao mesmo tempo, que vestimos o figurino de nosso melhor personagem. Sorrisos abertos, misturam-se a fumaça dos cigarros. Pronto! Está decretado, já se instaurou aquela aura que separa esses viventes do restante do mundo. Durante aquelas horas compartilhadas, eles não perteciam a mais nada a não ser a sua solidão também compartilhada. E tudo se resumiu à alguns encontros não mais que isso, não que um ou outro não fosse a pessoa ideal, nenhum ambicionou ser a pessoa ideal mesmo. Mas, perderam-se. Faltou um algo mais, um vento que leva a nau para o destino desconhecido. Uma pequena epifania.
É faltam-me epifanias.
Nos faltam epifanias...
ResponderExcluir