Sou uma trouxa, cara to sentindo tua falta. Já te disse tem coisas que só consigo falar com vc, acho que devemos ter sido mesmo irmãs em outra merda de vida. Não quero falar bonito hoje, to me sentindo meio fodida, meio ferrada, mais escrota que o normal. To bem. Com um quê de nossa "nova amiga", não vou ligar para Billy Holliday aos prantos. Mas to com uma vontade de xingar algm, de xingar a vida. Preciso fazer isso, tenho uma merda de mania de me conter, contenho meu pranto, contenho minha revolta. O caralho! Não quero mais saber dessa bosta! Tá na hora de eu me deixar ser mais humana, ou como disse Nietchê, demasiadamente humana. Sinto tanta coisa ao mesmo tempo. Mas não quero mais apenas sentir, quero explodir. Que se foda em quem respigar os restos! Quem não estiver comigo que saia do meu caminho, cansei dessa avacalhação. Cara, não sei pq te digo tudo isso, mas eh que tem coisas que só consigo falar com você, porra. To falando mto palavrão também. Mas to precisando mandar a civilidade pro inferno! Alias que vá pro céu, lá eh o lugar dessa civilidade com todo seu tédio embutido! Cara, não sei o que tenho. Na verdade eu sei sim, e por achar meus motivos imbecis fico mais revoltada comigo mesma. Hoje quero sentir revolta. Preciso acordar. Preciso viver. Preciso fazer. Preciso gritar!
quarta-feira, 27 de abril de 2011
sábado, 23 de abril de 2011
Palavras dedicadas à uma carta
As cartas que escrevo e não envio amontoam-se nas gavetas, nas mesas nuas em qualquer superfície crua. Invadem minha mente. Querem fugir às vezes, chegar ao destino jamais alcançado. Desistem, deixando no ar um suspiro carregado de esperança, mas nem sempre há esperança, por vezes só lamentam. Desistem não porque lhe faltem força, têm força de sobra, ao contrário, se fossem fracas não haveriam de ter sobrevivido tanto tempo carregando a cor amarelada, como um ansião carrega nobremente suas rugas. Cartas guerreiras se quer temem à ameça do fogo de fúria insana que anseia a mão covarde que exaspera sobre o papel estas palavras. Palavras que escapam aos dedos da mão ignóbil, não tem culpa de serem assim. Carregam consigo o pecado inocente da concepção. Pecado de quem fez e não de quem é. Ahhh, mas as cartas são bravas, não abandonam a peleja, a eterna batalha do tempo.
terça-feira, 12 de abril de 2011
Quero amar-te nesse instante com a urgência selvagem do cio. Roubar teus beijos em meio à multidão estúpida incapaz de compreender nosso amor, catatônicos, parvos! Vista-me com teu corpo, alimenta-me com tua boca. Minhas carências regadas com teus carinhos. Paramos o trânsito, rompemos a dinâmica, roubamos o banco, corremos o eterno perigo da desventura que é viver. Em meio a rostos sem expressão carregamos sorrisos cínicos, de quem sabe estar errado, de quem prefere estar errado. Somos errados, somos errantes, estamos apenas cansados.
sexta-feira, 8 de abril de 2011
Simples assim
Minha mente é verde, rubra, violeta, furta tua cor.
Tua cor tem meus olhos,
meus olhos tem o mundo.
O mundo me tem!
Minha liberdade não tem,
apenas é!
Ps. Palavras escritas após uma breve, porém interessante conversa com Borboleta Vermelha
domingo, 3 de abril de 2011
Era necessário.
Aconchego-me no borralho de sonhos destruídos pela distração. Anseio a glória desconhecida dos loucos. Tanta lucidez me ensandece, me desorienta. Meus planos são tragados feito fumaça dos teus cigarros. Meus planos são traçados sobre teus poemas de amores descartáveis. A velha luz ainda entra pela janela. O novo sopro arromba a porta e sacode os crisântemos sobre a mesa. Nossas idéias fátuas flutuam em um oceano. Estamos perdidos, meu bem!
Assinar:
Postagens (Atom)